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Resenha: Um Contratempo

  • Arantxa Torquato
  • 14 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

Dia desses minha irmã e eu estávamos em casa de bobeira, procurando avidamente por um filme de suspense. Depois de alguma pesquisa e muitas dicas decidimos ver Um Contratempo, uma produção espanhola que está disponível na Netflix.


Adrián Doria (Mario Casas) é um empresário bem-sucedido, vivendo uma vida perfeita ao lado de sua mulher e filho, pelo menos é o que parece.


Certa noite ele acorda em um quarto de hotel, rodeado por dinheiro espalhado pelo chão e encontra sua amante morta. Totalmente confuso com a situação, ignora as batidas da polícia no lado de fora da porta e é levado como o principal suspeito do crime, embora jure solenemente não ter nada a ver com o acontecido.


Sem saber como comprovar sua inocência, seu advogado acha melhor contratar os serviços de Virgínia Goodman (Ana Wagener) uma preparadora de testemunhas, que deverá ajuda-lo a montar a melhor versão dos fatos para que saia impune do seu interrogatório. O filme todo se passa durante esse trabalho de preparação. Este será o último caso de Virginia antes de sua aposentadoria e ela não pretende manchar seu histórico profissional perdendo esse processo.


Eles repassam várias vezes o que aconteceu naquela noite e vão montando um quebra cabeça fazendo com que aos poucos a verdade apareça. Virgínia é uma excelente advogada e não deixa passar nada, percebe que as “contas não fecham”, e que está sendo envolta em um turbilhão de mentiras. Apesar da resistência de seu cliente em falar a verdade, tanto Doria quanto Virginia precisam confiar um no outro, e conforme a história avança, mais as mentiras vão se desdobrando e o roteiro que antes parecia simples começa a ganhar complexidade.


Num jogo de adivinhação, ficamos intrigados a cada nova revelação que nos é dada. Cada pista que nos passa despercebida e acaba por fazer todo o sentido. Você aprende a não confiar em nenhuma palavra dita, e criar um milhão de suposições sobre o que de fato aconteceu. É nessa conversa cheia de reviravoltas que descobrimos muito mais do que podíamos imaginar. Um daqueles filmes de suspense que convida quem o está assistindo a participar da investigação e conjecturar o que realmente aconteceu.


Um Contratempo é sem dúvida um dos melhores filmes do gênero que vi em muito tempo. Desses que não é nada previsível e te consome até o fim com uma curiosidade implacável. A boa ambientação é proporcionada por uma fotografia engenhosa e uma trilha musical levemente ameaçadora, bem pertinente com o rumo que a trama leva. Uma “película” costurada por flashbacks, na qual a verdade existente e a verdade contada se misturam a todo momento, em uma alteração constante da realidade, cheia do surgimento de novos elementos. Com um clima de mistério que se perdura até o último momento e com um final impressionante que sem dúvida vai te deixar absorto.


Não sei o que você está fazendo de tão importante agora, mas se não puder parar, assim que der, por favor, assista esse filme.


Ficha Técnica

Direção: Oriol Paulo Roteiro: Oriol Paulo Fotografia: Xavi Giménez Trilha Sonora: Fernando Velázquez Ano: 2017 País: Espanha Elenco: José Coronado, Ana Wagener, Bárbara Lennie, Mario Casas

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Somos Heloise e Arantxa - duas amigas que a fase turbulenta da vida universitária uniu. Cansamos de procurar um lugar para poder pertencer e decidimos cria-lo!

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